
Nesta quinta-feira (12/6), o dia dos namorados teve outro significado para a Seleção Brasileira Feminina de Futebol. Comandada pelo técnico Arthur Elias, hoje o Brasil ocupa a quarta posição do ranking da FIFA, a última vez que a amarelinha chegou a tal colocação foi em 2013, treinada por Márcio José. A ascensão brasileira surpreendeu positivamente Arthur, o paulista possui 29 partidas com a canarinha, 19 vitórias, três empates e apenas sete derrotas.
Em entrevista à CBF TV, o comandante falou sobre a novidade e os frutos que estão colhendo do trabalho que vem sendo feito. “É um sentimento de muito orgulho, felicidade, orgulho do trabalho das nossas jogadoras e de toda a comissão técnica. Há muitos anos o Brasil não figurava nessa posição. Isso reflete os resultados recentes e a evolução da nossa seleção, que vem quebrando tabus, reacendendo o orgulho do torcedor e fortalecendo nossa identidade”, celebrou.
“Para mim, foi até uma surpresa, esperava que íamos subir, mas não imaginava até onde. Essa quarta colocação aumenta nossa confiança, reforça a atmosfera positiva que estamos construindo em torno da equipe. Mas, claro, mantendo os pés no chão, sabemos que ainda há muito trabalho pela frente para alcançar nosso objetivo final”,completou.
Quando Arthur chegou para treinar o Brasil, em setembro de 2023, a seleção estava em 11° lugar no ranking da FIFA, desde então foi subindo os degraus da classificação mundial. Após o vice-campeonato na Copa Ouro Concacaf, as brasileiras voltaram a figurar no top-10, em março de 2024. Em junho do mesmo ano, alcançaram a nona colocação, logo em seguida, pegaram o elevador para o oitavo lugar com a conquista da prata nos Jogos Olímpicos de Paris.
A ascensão brasileira foi após os resultados da seleção nas últimas datas FIFA. Em abril, a amarelinha venceu os Estados Unidos de virada, por 2 x 1, e conquistou pela primeira vez uma vitória contra as adversárias dentro de casa. Já contra o Japão, triunfou nos dois duelos: 3 x 1 no primeiro jogo e 2 x 1 no segundo. “Vencer os Estados Unidos, fora de casa, é um resultado inédito, e derrotar o Japão duas vezes demonstra que nossa seleção está mais sólida e consistente. Ainda temos melhorias a fazer, mas tudo indica que estamos no caminho certo. Desde o começo, a minha ideia sempre foi de que o Brasil pode jogar de igual para igual contra qualquer adversária, independente do contexto da partida”, evidenciou.
Antes de partir para o Equador para a disputa da Copa América, o Brasil tem um compromisso com a França, no final do mês, em Grenoble (FR), no último amistoso preparatório para o torneio internacional. “Entrar na Copa América com esse posicionamento no ranking, com vitórias importantes, nos dá uma confiança ainda maior. Temos um jogo difícil contra a França, mas o grupo está unido, coeso e muito bem preparado para enfrentar qualquer adversário”, analisou.
“A história da seleção brasileira na Copa América nos coloca como favoritos, e nosso foco é manter essa tradição, respeitando cada equipe, entendendo as nuances do futebol sul-americano, como altitude e diferentes tipos de gramado. Essas experiências e o trabalho de preparação nos colocam em uma posição muito favorável para conquistar mais uma taça”, finalizou.