
O eio em família, que deveria ser um momento de lazer, se transformou em uma experiência traumática para Janaina Luis Pereira, de 31 anos, e a filha dela, Yasmin Luis Vieira, de 9, no último domingo (8/6), em Caldas Novas (GO). A menina teve partes dos dedos do pé arrancadas por uma piranha ao colocar as pernas na água do Lago Sul, também conhecido como Lago de Corumbá, um local de livre o que recebe moradores e turistas.
Segundo Janaina, a família permaneceu no local por menos de 30 minutos. A visita aconteceu a pedido da filha, que queria conhecer o lago. “Fomos ao lago para fazer um piquenique em família. Por insistência da minha filha, que queria muito conhecer o local, fomos até a beira para ela colocar os pés na água”, conta. A mãe relata que a menina se sentou ao lado do deck, na rampa de o para entrar na água, onde os outros visitantes têm o, e colocou as pernas dentro da água.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular?
O ataque, segundo a mãe, aconteceu rapidamente. “Foi questão de segundos. Só ouvi ela gritar: ‘mamãe, a piranha pegou meu pé!’. Ela pulou e saiu da água. Quando sentou, vi que os dedos não estavam lá. Foi uma coisa aterrorizante. Nunca imaginei que uma piranha faria isso”, desabafa. Janaina afirma que o lago estava cheio, com muitas crianças e adolescentes no momento do incidente. “É um lugar de livre o. Não paga para entrar, mas a sinalização é muito fraca”, critica.
Após o ataque
A menina foi socorrida por uma equipe do Samu, acionada por visitantes. “Ela estava perdendo muito sangue. O atendimento chegou em cerca de 15 minutos. Ela foi levada ao Hospital Materno e atendida imediatamente”, diz. Yasmin ou por um procedimento para fechar o ferimento e recebeu alta no mesmo dia, com orientação para cuidados em casa. Agora, terá acompanhamento semanal com um ortopedista.
“A dor é constante, ela grita muito. Está triste, porque fica questionando algo que foi arrancado do corpo dela. Como mãe, ver isso é devastador. Meu estado emocional é péssimo. Ela tenta ser forte, mas a por muito sofrimento”, relata Janaina, que cobre o pé da filha com faixas para poupá-la do impacto visual.
Em nota, a Prefeitura de Caldas Novas confirmou o ataque e disse que “a criança foi prontamente atendida pela equipe médica do Pronto Atendimento Infantil (PAI), incluindo por um especialista em ortopedia, que realizou todos os procedimentos necessários para minimizar os ferimentos – incluindo a Técnica de Figueiredo”.
O município afirmou que "ações preventivas têm sido feitas periodicamente pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMMARH, em vários locais de o público, seja instalando placas de aviso, seja por meio de campanhas de educação ambiental junto aos turistas e moradores".
A nota também menciona ações conjuntas com órgãos ambientais e de segurança para mitigar o problema, como torneios de pesca, limpezas periódicas e campanhas educativas. Apesar da sinalização apontada pela prefeitura, Janaina questiona sua eficácia: “Eu estive lá e o aviso é fraco. A área onde tudo aconteceu é a mesma onde os visitantes têm o livre à água. Não há isolamento ou barreiras de proteção”.
Saiba Mais