
Servidores públicos da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) são suspeitos de praticar crimes de corrupção ativa e iva, lavagem de capitais e formação de cartel. Investigações apontam que o grupo articulava a aceleração de pagamentos a empresas contratadas para a execução de obras públicas. Em troca, recebia vantagens indevidas que correspondiam a 2% sobre o valor bruto pago às empresas.
As investigações são do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que realizou, na manhã desta quinta-feira (12/6), a fase ostensiva da Operação Coringa, cujo objetivo é desarticular a organização criminosa. Estão sendo cumpridos 28 mandados de busca e apreensão no DF e no Piauí.
Além dos mandados de busca e apreensão, o Poder Judiciário determinou o afastamento de um servidor da Novacap e o bloqueio de bens dos investigados, incluindo imóveis, veículos, valores em contas bancárias, uma aeronave e uma embarcação.
A Operação Coringa contou com o apoio do Gaeco do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI) e do Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal.
O que diz a Novacap
A Novacap destaca que as investigações transcorrem de maneira sigilosa na Justiça, e, por esse motivo, não tem o ao conteúdo da Investigação. Porém, reforça que colabora integralmente fornecendo todas as informações solicitadas pelas autoridades competentes, e reitera seu compromisso com a transparência e a legalidade nos processos de contratação pública.
A companhia enfatiza que as imagens em que mostram dinheiro em espécie veiculadas na mídia não têm qualquer relação com as dependências da empresa e nada do que foi divulgado e ocorreu dentro da instituição.
As apurações seguem sob responsabilidade do MPDFT, e a Novacap confia na apuração rigorosa dos fatos, uma vez que é a maior interessada nos esclarecimentos dos fatos.